Rede Bobo

Áspera forma cortante de triste objeto
Que calcula imagens, caixa eletrônica
Define o real numa irrealidade irônica
Transformando crianças em subjetos

Corroe em nus programas faces de beleza
Determinadas unicamente pelo inventor
Não o que investasse o mundo nem o temor
Mas aquele que destrói a própria natureza

Olhos abertos, mentes fechadas
Cubículo de luz, gente manipulada
Sonhos perdidos em fés transformadas
Galegos mulatos conscientes então
Sempre unidos em sarcástica comunhão
Que triste objeto... é a televisão

Mas errado estás, quem pensa ao certo
Que tevê é concreto, intensa manipulação...
estois a dizer que és serene o deserto
Pois quem se deixa manipular é a população