Atue às horas em que for feliz
Quando é difícil de agir
Pense naquilo que você sempre quis
Porque é mais fácil refutar
A própria vida quando ela não diz
Os caminhos que lhe fazem procurar
Por um atalho inexistente aqui
Se o poder do seu instinto
Saber olhar sem se perder
Lhe fará tudo conhecer
Desde uma nota a consoante
Se o almejo da luxúria
Fazer do pobre uma lamúria
Já não és rico de entender
O quanto o nada é bastante
Se falta luz para você
Não culpe a lâmpada queimada
Que continua sempre acesa
Mesmo aparente apagada
Pois fora a própria ansiedade
Sua que ligou com intensidade
A luz tão forte da verdade
Tornando cegos os seus olhos
E surda a sua capacidade
De intuir
Já não demora a possibilidade
De arcar com os erros da sua idade
De olhar pra frente sem ansiedade
Deixando pra trás a sua estante
Cheia de fotos de farsantes
Que irá ruir
Se for mais fácil pra mudar
Prepare tudo antes de olhar as horas
Para não agir sem demora
Para entender o que o aflora
E saber crer no que lhe salva
De todo perigo que, lá fora
Parece doce mas lhe salga
Ou de tão vil já lhe devora
Sem tempo para reagir
Se perde o fruto da saudade
Esquece as mágoas que permutam
Entre a tristeza que lhe dão
E a certeza que lhe roubam
Se ganha o fruto da amizade
Floresce as mãos que lhe ajudam
Bem carregadas de paixão
Capaz de amarem a quem lhe encantam
Com muita dó e piedade.