Seu Zelo à minha Sina

No seu zelo há euforia
De cuidar em demasia
Sobre quem lhe faltaria
Como genuíno gesto

Sem que a sua companhia
Me trouxesse alguma via
Eu já não mais queria
Ser contigo tão honesto

Fosse o luto impotente
Desistiria de resistir
À textura do seu laço
Nem sequer um outro passo

Fosse a sorte em mim ausente
Estaríamos tão distantes
Sem sua cor entorpecente
Nossa morte e tão somente
Minha dor predominante

A sina da gente
Seja como for
Virá adiante

Pois, amor
Por você
Eu tudo faço

Novas Histórias

Ante o momento que lhe vi
O escuro me fez crer
Mal algum cairia em mim
Pudesse eu me conhecer

Sem o amargo do sabor
Sobrou a vida pra dizer
Que não há como me iludir
Se a ilusão mal algum for

Caminhe sobre os ventos
Veleje em pensamentos
E lembrará daqui

Tantos foram os momentos
Que calçados pisamos
A areia sem sentir

Se pudéssemos ao menos
Nos despir do que vivemos
Alcançaríamos tantos mundos
De Saturno a Vênus

Sobrevoaríamos o universo
Inverteríamos nosso verso
O Sol iluminaríamos
Se pudéssemos ao menos

Esquecer de onde viemos
E enganar nossas memórias
Com as novas histórias
Que juntos escreveremos