Neste mundo morto
Vivo à cena da desilusão
Do incompreendido
Pessimismo à dor da emoção
Se me sinto forte, sou fraco
Se estou de sorte, vem o azar
E saber o preço da verdade (que não há)
É ler na areia e o vento levar
Tudo se torna efêmero
Quando se descobre o real atrás do muro
A vida é cega, o amor é surdo
O abstrato não é pago com dinheiro material
De que adianta; elevar a garganta
Para ensinar o óbvio
Nos ouvidos dos alienados?
De que adianta; saber a verdade
Para depois tranformá-la
Nos pronúncios da honestidade?
De nada adianta
Andar no deserto, sem água pra beber
Se podes caminhar no inferno
Queimar a própria alma
E a morte temer.