Quando ele chegou no topo
Escreveu seu nome num casco
Salientando sua história de vida
E então desceu o penhasco
Desceu tão rápido e forte
Como se estivesse caindo
Desceu tão veloz o monte
Enquanto seu pensamento ia sumindo
Caiu numa estrada ao longe
Percebeu no braço um corte
Rasgou em si a própria memória
Tatuou no rasgo a imagem da sorte
Mesmo tendo esperanças
Ele parou ao meio da estrada
Pedindo morte
Vindo um caminhão, abriu os braços
Tal estrutura que não era seu porte
Levou um trombo e ficou em pedaços
Justamente por suas lembranças
Ele parou no meio da estrada
Pedindo que o nada
Venha lhe buscar
Foi-se mais um indivíduo ao além
O que aconteceu ninguém sabe
Mas foi numa noite calada
Que ele aprendeu a matar
Matou a si mesmo e virou assassino
Do próprio amar
Viveu a si mesmo e tornou-se egoísta
Com seu familiar
Ninguém merece, no suicídio, manter a culpa
De um outro alguém
A quem, com desdém
Jogou-se pro ar