Quem de mais

Quem de mais seria tão ingênuo?
Em não pereceber a verdade do real
Quem saberia o que é certo ou errado
Quem estou? Onde sou eu?

Quando relembro o passado, me pergunto
O que foi meu passado?
Quem estava comigo, junto?
Ninguém percebe o real sem pisar na terra.

Não voe demais, nem ateie guerra
Sem antes prender seu pé ao chão
Sabendo que nesse mundo não há coração
Há mentes, mentes, mentes, manipulação.

A inocência é a maior virtude do ser humano
E perde logo à infância, sem esperança de renascer
Quando o universo menos promete a ausência
Mais as pessoas começam a crescer

E crescem, lutam, rugem.
Mudam.
Nada.

Com a fé que se precisa, alcança o infinito
Mas é preciso saber o que é mais bonito:
Errar e ganhar? Ou Acertar e perder?
O que é bom para você?

Talvez nunca se desvende o segredo da vida
Aquele que nos faz feliz, uns poucos, uns mais
A tristeza é opção e nunca necessária, Jamais!
Quem busca alegria, mantém a paz.
Quem busca ousadia, provoca discórdia
O Ego de quem merece a morte
Se desfaz com sorte?
Onde iremos parar.

Sei que a verdade é um corte no imaginário
A verdade é um forte para quem sabe amar
E um fraco para otário que quer ganhar.

Quem nunca teve a chance de se arrepender
É porquê nunca teve uma vida para lutar
Não pode viver o incerto e a injustiça
Viveu com falsa unha postiça.
Falsa unha postiça.

Minhas saudades.
Por quanto tempo irei nadar
Sem saber para onde vou,
Sem saber onde irei parar.
Sem saber onde estou,
Sem nem poder falar...
Minhas verdades.

Ouvindo apenas falsas unhas postiças
Ouvindo apenas mentiras
Ouvindo apenas manipulação
Plantando felicidade e colhendo solidão.

Me diga, irmão
Onde encontro a porta da verdade?
Me faça essa caridade,
Me diga, irmão... se você é fruto da realidade.

As portas da emoção se fecham
Não abrem
As janelas do infinito se fecham
Ou abrem

Você é você?
Ou finge ser você?
Voce vive?
Ou finge viver?
Voce sabe o quanto
Me esforcei pra lhe ter?
Você sabe a verdade?
Ou ainda quer a conhecer?
Você morre de saudade?
Ou a saudade morre por você?

Quem é você?
Para onde vai?
Irá morrer?
Ou se desfará feito poeira no ar?
Morrerá afogado na beira do mar?

Meus olhos dizem coisas
Que não devo acreditar
A verdade é mentira
O amor não sabe amar.