Ir Mão

Me diga, irmão
O que te aflige afinal?
Me mostre a razão do seu mal
Me mostre sua história
O que destrói a sua glória?

Me diga, irmão
Quem sabe eu não aprove
As lágrimas que escorrem desde ti
Ao meu coração
Me diga, então

O que lhe dói também me destrói.
Sua pele te cobre apenas o superficial
Não te cobro nada, apenas me diga
O que te aflige, afinal?
Meu irmão.

Quando você se expressa, eu me estresso
Por saber que algo lhe incomoda
Posso sentir que estás triste
Me mostre a razão do seu mal. Te peço
Me mostre a destruição de sua glória
A causa da sua lamúria.
O porquê da tua fúria.

Quando você se perde, eu lhe encontro
Mesmo sem saber o caminho, mostro-lhe e sigo
O vazio para nós é muito melhor juntos
Eu me perco apaixonado por você, amigo.

Me perco quando te olho, e me sinto bem
Me perco quando te ouço, escuto a tua voz
Me perco pensando em um dia: só nós
Juntos na maresia, juntos nas folias
Juntos no infinito que passa veloz.

Eu te amo, irmão.
Pelas mãos e contramãos
Por estarmos sempre sãos
Por sabermos que, na amizade, há paixão
E, de verdade, eu sinto sofridão
Quando fica semanas, meses, fora.

Às vezes estás tão perto fisicamente
Mas tão longe psicologicamente
Às vezes quero te dizer pessoalmente
Só para estar contigo, novamente.

Você está na minha mente, irmão.
Sempre.
Portanto,
Me mostre a razão do seu mal
Me mostre sua história
O que destrói a sua glória?
O que te aflige afinal?

Conte comigo,
Me conte, amigo
Eu não sigo o caminho sozinho
Quando você se perde, eu me perco também.
Pois és as minhas pernas,
E eu não vou mais além do que a sua ida
Eu só estou bem se estás sem ferida
E posso curar sua vida
Apenas com o olhar da amizade
Portanto, me diga...
O que te aflige de verdade?

Não aguento a sua dor
Arde em mim o que lhe destrói
Posso curar o que te dói
Com Amor.

Me diga, irmão.
Nada será em vão.
Quero saber o que lhe faz mal

Me diga, então.
O que há em seu coração
O que te aflige, afinal?