Sem força não devo perder meu intuito
Porque se há pouco quem me dera então se fosse muito
No vago eu vago e não sei se é pleno
O desejo que mata a minha boa vontade
Ela vem sempre antes me falando somente
Dessa triste dor de quem espera a saudade
Como um soco que avisa o que há pela frente
Mas nunca acalma o susto da realidade
Não conheço o desespero
Nem espero trazê-lo
A mim eu só confio em ter a certeza
Que estão por vir muitos bons momentos
Se não houver clareza
Me apego a terceiros
Que expliquem a proeza de meus sentimentos
E me indiquem o melhor fim destes tantos meios.