sexta-feira, 28 de junho de 2024

Buraco Negro

Sumo tanto e assumo
Quase que dissolvo
Faço que não solvo
Caço e'inda salvo

Laço, como, assusto
Luto, mas não, salto
Tanto, mas tão alto
Pago mesmo, o custo

Gasto, pois desgasto
Sei que estou farto
Base que desgosto
Gosto quando parto

Mês que me arrumo
Desde que desabo
Fez em mim, um amarro
No mesmo cabo, em que fumo

Louça a que eu lavo
Beijo, a paz de quem me doo
Mago sei que não, galgo
Ouça o que vejo, e trago

Antes de falar, quem sou
Desses versos acabo
Dos outros, deixo guardado
Mas lembrem sempre, um fato
Onde houver rio, e mato

Nunca serei escaldado.