Trago um poema em dor
Jamais dela ser bem-vinda
Tampouco peso outro fardo
Ora cálculo do estrago
Destas fartas recaídas
Dado o árduo que fora dado
A mim trabalho de ornar cor
Sobre um quadro já tingido
Num escurecido preto fechado
Sem tom branco permitido
Toco à tela com rancor
Pois por ela fui senhor
Em cada tom ali havido
Até o carvão ter afundado
Pro meu quadro ser esquecido
Apagando-me da dor