Teima vã a destoar
Do que somos em que estamos
Quase sempre a pelejar
Nos coroa sem bradar
Nosso eco tão vazio
Nossa fé de tão intensa
A orar pro desafio
Sem haver nenhuma avença
Cansa à gente disfarçar
Põe-se um véu a nos cegar
Nem sequer pra reverência
Sós nós vamos prolongando
Essa peça a que atuamos
Pois que então ela mereça
Ser de fato a desistência
De saber que nos gostamos
Mas por forte insolência
Nossa audácia incompetência
Nos impede o apaixonar
Eu te amo e, não portanto
Vou deixar de me amar