De, como todo homem
Ter um belo amor
Enfim, eu já não sou
Tanto quanto antes
Igual um Beija-flor
Se prego todo dia
Tal qual minha euforia
Eu dou-lhe a mentira
Como quem já lhe surtou
Se rego o plantio
De um jardim senil
Meu peito suspira
Como quem eu mesmo sou
Ponho tudo a perder
Porque já me perdi
Se hoje perco a sofrer
É porque me feri
Então não venha dizer
Se eu me arrependi
De matar fome outrora
Com tudo o que eu vi
Pois posso garantir
Assim como a fome
O que eu como agora
Depois volto a pedir
Um amor que em mim desperte
A vontade de sentir