terça-feira, 27 de março de 2012
Prefácio do Futuro
Porque se há pouco quem me dera então se fosse muito
No vago eu vago e não sei se é pleno
O desejo que mata a minha boa vontade
Ela vem sempre antes me falando somente
Dessa triste dor de quem espera a saudade
Como um soco que avisa o que há pela frente
Mas nunca acalma o susto da realidade
Não conheço o desespero
Nem espero trazê-lo
A mim eu só confio em ter a certeza
Que estão por vir muitos bons momentos
Se não houver clareza
Me apego a terceiros
Que expliquem a proeza de meus sentimentos
E me indiquem o melhor fim destes tantos meios.
quinta-feira, 8 de março de 2012
Esgoto-me
Falo antes e escuto
Ouço claro e me atenho
Um percurso curto e culto
Curto a voz do inimigo
Ouço ideias já dispostas
Faço a mim um novo amigo
Quando expressa uma resposta
Já não aceito mais o surdo
Nem que esteja só ouvindo
Minha paciência tá sumindo
A quem preza pra ser mudo
Na intriga me acanho
Saio são de quem é vão
Quando falta opinião
No calor de meu deserto
Dou valor só ao esperto
Que respeita a discussão
quarta-feira, 7 de março de 2012
Calado, estás errado
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Culto Material
E não mais eu lhe ver
Me desculpe tentar
Procurar por você
Mas difícil é esquecer
De quem pude amar
Se pra ti já não dá
Só me resta sofrer
Então me deixo levar
A mentir pra você
Lhe dizer que se vá
Ficarei bem sem lhe ter
Só espero lembrar
De não se arrepender
Pois quando o sol me cegar
E o inverno acabar
Estarei com você
Sem comigo estar
Perdido em querer
Contigo voltar
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Prólogo
Escondido noutra vida, numa dimensão perdida, sofro a dor de uma saudade sem ligação com a verdade do passado ou do presente, mas de um mundo diferente que tornou-se indiferente pelo caminho não passado, desviado à tangente. É uma dor que não se explica, não se cura, nem se esvai, é uma paixão perdida, literalmente - esquecida por mim mesmo, desviada pelo meio, mas que ainda move meu consciente, me deixando louco, me faz chorar, por um mundo que nunca cheguei a conhecer, só imaginar.
Nostalgia pelo Caminho Nunca Passado
Em momentos distantes
Nunca alcançados
Caminhos diferentes desviados
Por outra direção
E o máximo que podemos imaginar
Já nos faz sentir fortemente
Uma dor que chega sem bater
Batendo muito em nosso peito
Mostrando que houve outro jeito
É um momento estranho
Nos desaproxima da verdade
Ou, na verdade, nos afasta
É um sentimento profundo
Que mistura arrependimento e nostalgia
Por uma vida para sempre desconhecida
Que só vive em nossa cabeça
E um dia pôde ser vivida
Nesse momento ficamos tristes por nada
Ou talvez fosse por tudo
E o nada em que vivemos o resume enfim
A tudo o que adoraríamos viver
Mas tomamos outra direção
A qual viemos conhecer
Queria poder saber a verdade
Se o que vivo é real ou é saudade
De um presente alternado
Num passado desviado
Queria ter me conhecido
Na mudança, no perigo
Com esses outros amigos
Com esse outro amor
Com essa outra vida
Diferente da minha cor
Escolhida
E se fosse tudo diferente?
E se a gente fosse apenas estranhos?
E se os estranhos fossem a gente?
E se eu mudei pra pior, pra melhor ou fui indiferente?
E se aquela pessoa a quem almejo é uma farsa?
E se a pessoa a quem vejo é minha verdadeira alma?
E se o mundo em que vivo fosse insignificante
Diante de uma outra vida emocionante?
Nunca irei saber
Mas posso sentir
A dor que me faz pensar
É o amor que eu fiz sumir
A saudade sem causa
É a causa do que sofri
Por não ter escolhido o caminho
Ao qual seria muito feliz
Mas não podemos ficar sempre pensando nisso
Nem fortalecendo esse sentimento
Porque é uma dor inútil
Criada pelo tempo.
sábado, 3 de dezembro de 2011
Minha Jornada (música)
Entre versos diversos
Fez sua voz ao infinito
Pra alcançar o reverso
Do que já havia sido escrito
Mais outra vez
Deixou de esperar
Perdeu-se em desenhar
Ganhando a vida inteira num segundo
(Calou o mundo)
Se a procura é longa
E o destino é comum
O prazer de si
É a jornada e não o fim
É a jornada e não o fim (x4)
Mais uma vez
Entre versos diversos
Fez sua voz ao infinito
Pra alcançar o reverso
Do que já havia sido escrito
Mais outra vez
Deixou de esperar
Perdeu-se em desenhar
Ganhando a vida inteira num segundo
(Calou o mundo)
Se a procura é longa
E o destino é comum
Faça-me pensar
Faça-me agir
Pois é a jornada que eu quero seguir (x4)
É a jornada que me faz sorrir
É a jornada que me faz rir
É a jornada que me faz ir
Até onde só poucos conseguem viver
Num imenso prazer de glória
Na história
Mais uma vez.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Heroico Quebrado
Pratico a nossa vida
Então vê se não parte
Outra paixão perdida
Antes que essa ferida
Meu coração infarte
Errado Ego Regado
E assim se pôs a si acertado
Pois agora, enfim, estava curado
Da triste escória de não ser notado
Depois de roubar o certo do errado
Muitos de nós somos como o galo. Vivemos puxando ideias tortas, porque esquecemos de endireitar a nossa vista do horizonte. E assim continuamos: para sempre desalinhados.
Tentemos então
Antes de aceitar uma visão
Conferir se os olhos estão fechados ou não
Até que a verdade
Seja, por unanimidade
A linha correta da nossa razão
A via direta à realidade.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Daqui Pra Frente
Eterna sede da lembrança
Dos passos já fincados
No desgaste da esperança
Passara há tempo e não me lembro
Nem me ponho a tentar
Lembrar do piso já andado
Ou do medo enfrentado
Se a angústia me devora
Para que voltar a ela
Quando o caminho já marchado
Vai embora e nem me espera
Sigo à frente, sem cuidado
Indiferente do futuro
Pois não há muro que tão duro
Nunca ceda ao meu recado
Se o passado fosse quente
Não estaria atrás da gente
E é assim que dou um passo
Só olhando à minha frente
Para não perder meu espaço
Ou tornar-me um indigente
Sem saber que é diferente
O farto do escasso.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Ledo Início
Fico bem diferente
Com uma vontade de ter
Você comigo
Me desmancho em prazer
Sinto a leveza entre a gente
Muito suave por ser
Feliz contigo
Quero me perder em seu olhar
Lhe dizer que almejo
Ver nosso futuro
Agora
Vem esquentar meu inverno
Me tirar do inferno
Levar minha dor
Embora
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Cada arte: uma arte.
Compará-los é o mesmo de comparar o sabor da maçã e do arroz. São alimentos diferentes. Cada um possui tipos diferentes. Cada tipo pode estar bom ou ruim e, acima de tudo, cada pessoa que os comem pode ter um paladar diferente. Enquanto o texto promove uma arquitetura de informação adequada à interpretação concreta de fatos e maior imaginação visual, o quadrinho realiza o contrário. A linguagem cartunista contém a interpretação concreta visual e maior imaginação de fatos. Isso significa, portanto, que apesar dos quadrinhos possuírem menor facilidade na leitura objetiva, eles possuem facilidade maior na leitura subjetiva. São duas formas de expressão diferentes, então não há como comparar a expressividade das duas linguagens. Agora, por exemplo, me expresso em palavras para ser interpretado de forma concreta e objetiva acerca do fato. Mas se quisesse fazê-los pensar por si mesmos esta situação, faria por quadrinhos. É uma questão de escolher a ferramenta certa para concluir seu objetivo com eficiência.
Isso inclui todas as onze artes. Paremos de compará-las, pois seremos automaticamente equivocados na mesma intensidade de comparar arrozes e maçãs. Podemos preferir uma a outra, mas nunca dizer que uma delas é simplesmente melhor ou pior. A Música não substitui a Dança, que não substitui a Pintura, que não substitui a Escultura, que não substitui o Teatro, que não substitui a Literatura, que não substitui o Cinema, que não substitui a Fotografia, que não substitui o Quadrinho, que não substitui os Jogos interativos, que não substitui a Computação Gráfica. Nenhuma arte substitui a funcionalidade da outra. São expressões diferentes, linguagens diferentes.
Então, a quem clama pela "cultura indagável" do livro, entenda o valor cultural do quadrinho tanto quanto as milhares de letras do texto. A quem esbanja a "expressão indiscutível" das pinturas, perceba, tanto quanto, a expressividade de uma arte montada no computador. A quem adora engrandecer a "belíssima e incomparável" peça de teatro, saiba que um filminho no cinema pode ser tão especial quanto. Valorizar antigas manifestações culturais (o famoso "retrô) é algo muito difundido atualmente. Contudo, não sejamos chatos, arrogantes e equivocados. Cada arte é uma Arte. Compreendê-las faz parte.
Cuspi essa ideia após este post formá-la em minha cabeça.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
A Arte é um Fardo
Recebo tapa que não almejo
Continuo firme no desejo
Sacio a sede da opinião
Me rasgam a pele que ofereço
Batem minha cabeça ao chão
Bem quando estou disposto a usá-la
Para aprender com a discussão
De perto, uso a mão
Mas vêem apenas garras
Ao longe, pareço às farras
Daqui, é educação
Expresso aquilo que me apego
Pra criar um deserto no coração
Jogar fora minhas alegorias
Esvaziando o peito de emoção
Uns acham que arte serve pra emocionar
Serve não
A arte é um fruto puro da emoção
Serve mesmo para esfriar o calor da criação
Tirar essa agonia, essa aflição
De dentro do peito de quem se expressa
A arte tem uma relação inversa
Quanto mais permanece no artista
Mais é perversa
Por isso tento tirá-la daqui
Deixá-la livre, enfim
Sentir o frio refrescante
Após me expressar
O resto guardo para me resguardar
Pois a guarda dos opostos a mim
É maior do bem que tento passar
Bem maior.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Açúcar Cristal, Refinado, Mascavo...
Disfarçados de humildade
Julgam tudo o que acontece
Mas não tecem nada que julgam
Dizem controlar a própria mente
Sem nem chegar à coerência
Acham que são pura inocência
Enquanto repassam falsos valores
Para eles, nada importa
É só isso, só aquilo, só somente
Dão um passo pra trás
E suas ideias pra frente
Acham que, distante, sairão ilesos
Por não pensar como a gente
Suas ideias buscam o equilíbrio
Sob fontes desequilibradas
Se baseiam no "calma, tem que dosar"
Mas só têm tipos de açúcar pra colocar
Ao sal, são indiferentes
Seguem o comum por conveniência
E ainda acham que têm controle de sua inconsciência
Pobres jovens telespectadores.
Enquanto 300 lutam por todos nós,
A mídia joga cuspe nos combatentes
E os náufragos do sofá engolem contentes.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Pare, Pense e Não Pare (Música)
Quem tem medo de sofrer
Vira o rosto e fecha a cara
Sai de baixo e sobe o vidro
Corre mais se ele nos pára
Não há dúvida em dizer
Que há uma inversa noção do saber
É incômodo um preto no chão
Mas tá de boa jogar bomba na prisão
Os maus costumes quem sou eu pra entender
Me dizem isso e aquilo, às vezes opostos
Mas os opostos se atraem, e nos ensinam
Que Deus nos ama e nos bota pra sofrer
Parece que tudo tá em crise de vontade
A existência das morais desconhecem a verdade
E essa realidade de ilusões despercebida
Só nos deixa sob uma alternativa:
Atividade
E a cidade nos impõe uma série de exclusões
Pra nós é muito, é pouco, um punhado de saguões
Quem nos dera ter um pouco de poder
Pra ver todo esse cárcere nas janelas dos aviões
Pare e pense, mas não pare por aí
Por que quem pensa, desenvolve
A arma branca do agir:
Conhecimento (Educação!)
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Sejamos Nós
Estou no mesmo barco.
E nesse estouro que a mim arco
Digo sim ao que é novo
Ponho fim no que estou farto.
Se a vida é um saco
É porque fiz ela de plástico
Sejamos mais de nós de fato
Do que viver a sós
Pois o castigo do iludido
É estar pra sempre arrependido
Enquanto pensa mas não faz
E faz o que não pensa
Daí por essa diferença
Vive eternamente sofrido
Por si mesmo,
Incompreendido.
sábado, 17 de setembro de 2011
Vazio de Mim
Não conheço a mim direito
Capaz de ver-me a raíz
Do que sofro infeliz
Estive morto por um tempo
Não conheço a mim mesmo
De um lamento, me desprezo
De alegria, menosprezo
De saudade, me acanho
De verdade, me disperso
De amor, me desconexo
De mim mesmo, estou perplexo
Sou quem sou ou quem eu era?
Nem sequer sei a resposta
Não estou com a vida exposta
Mas já sofro por outrem
Sem saber do que convém
Sem perder já sou ninguém
E se ganhei não vi de quem
Tento lutar mas não consigo
Desconhecer-me é um perigo
Já não mais sei se estou ferido
Ou se procuro por abrigo
O que me importa está esquecido
O que me aquece foi perdido
O que me esfria, proliferou
Estou com frio, sem cobertor
O diferente interessante
Hoje é só um estranho
Falo cego, prego e calo
O que eu era antes
Em mim tornou-se raro
Tudo é simples, burro e chato
Tudo é pouco, muito ou caro
Eu costumava ver a frente
Hoje escondo-me na lente
Suja e distorcida
De um universo sorridente
À mim, decadente
Quem eu era me fazia feliz
Me fazia feliz pelo que eu era
Hoje travo-me uma guerra
Entre mim e a mim
Minha sanidade eu perdi
Estou longe do que sou
Preso a um corpo desorientado
Estou certo de que há algo errado
Mas estou errando por algo já consertado
Tranquei-me em outro por um desagrado
Sou menos de mim, e me degrado
Sobre meu corpo, sou condenado
Não encontro a chave, encarcerado
Pelejo a ver quem sou de fato
Salvo eu era, indeciso e curioso
Hoje, sujo e furioso
Prego mal aos meus próximos
E o bem ao meu novo osso
Que, de cálcio, está escasso
E nem por isso eu o almoço
Porque meu corpo fala mais baixo
Quero apenas um caminho
Um atalho, uma saída
Que me leve, ou não, sozinho
Por uma alternativa
De voltar a ser quem era
E não sofrer por ser mim mesmo
Assim, de agora, insatisfeito
Quero viver direito
Ninguém é só perfeito
Nem também é só defeito
Mesmo assim rotulo e queixo
Sou mais voz que coração
Vivo em plena escuridão
Sem saber qual é o eixo
De toda essa lamentação
E o rancor deste meu peito
Consome em mim a minha razão
Faz de quem sou um resmungão
Me empobrece a paixão
Que antes vivia sem desleixo
Mal digo quem sou eu agora
Porque a mim eu desconheço
Queria muito a luz do atalho
Me dizer no que eu falho
Me mostrar o meu caminho
Que pra sempre andei sozinho
Sem preocupar-me com o vazio.
Ao Vento de um Lamento
Seja diferente
Daquilo que se acusa
Ou daquilo que se tente
Não haverá por si a dúvida
Nem se houver algum vidente
Capaz de ver-lhe indiferente
De uma nova branda fúria
Quem mais dirá da gente
Senão a própria estória
Contada em glória
Contada à frente
Quem mais verá o dia
Nascer demente
Ninguém mais terá agonia
De crer-se imponente
Diante da mais louca euforia
Dum sol estridente
Salve a dúvida da alegria
Ou culpe a dor do indigente
Romances morrem sem amor
Tragédias vivem sem rancor
E ninguém se importa com a gente
Poderia ser diferente?
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Um Limite à Criatividade
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Salvador, a terra do acarajé caro.
Aqui a inflação chegou e decidiu ficar. Parece que encontrou sombra e água fresca. Buzão, litrão, fogão num preço que só paga quem não tem opção. E a galera nem se rebela. Se tá caro, fazer o quê? Aqui o caro é sinônimo de chique e não de prazer. Mas quando você cai fora, meu amigo, percebe que esta cidade não faz sentido. Lá fora é tudo barato, fácil, e a mulher do caixa não cospe no chão. Eu vou-me embora, porque cansei da inflação. Meu bolso não é grande nem pequeno, mas a calça é justa. E essa injustiça de preços abusivos vai continuar para sempre, nesta cidade pouco exigente. E digo mais uma vez, minha gente: posso parecer pobre, pão-duro ou indecente - ao menos não sou ignorante, hipócrita e indolente. Se querem pagar caro, vão na frente. Eu fico aqui mesmo, detrás - e não me lenho! Pois o que feliz me faz não é ter tudo que gosto, e sim gostar de tudo que tenho.
domingo, 29 de maio de 2011
Devaneios de Um Segundo
Não é possível que toda esta maresia engula a minha vontade de crescer. Ninguém me dirá o que preciso para me tornar quem eu quero e posso ser. Se há frutos escondidos nesta árvore de decepção, que eu os encontre e me delicie sob um sabor de motivação. Não houve em sequer algum momento sinal de euforia neste desprezo que me amargura por pura melancolia. Se me entendo, talvez, por gente inocente, sedenta de mudanças, quem dirá quando eu me tornar alguém com quem não me importe a lembrança. Aquilo que sou se estende agora naquilo que penso viver. Mas vivo ainda pobre do que almejo conhecer. Procuro outra luz que ilumine a minha visão, sobre o caminho por qual eu ando sem que me ocorra a indecisão. O importuno que me agrada não se encontra mais em mim. Talvez eu julgue cedo demais o que parece ser o fim. Quem me dera, sinceramente, estar à frente da realidade e conformar-se de repente com a minha sensibilidade em intuir aquilo que me corresponde à precisão: onde estou não há mais frutos que me satisfaçam a digestão. E se houver ali tampouco algo que forneça claridade, me jogo em cima e sonho alto, pois estou à margem da insanidade. Quero, de vez, encontrar a mim bem como sou, sem que o fim me cumprimente, mas que enfim a minha mente esteja sana e consciente do que vier daqui pra frente. Pois meu indiferente coração pede triste por um motivo que me levante da escuridão.
Pede um caminho transparente.
terça-feira, 24 de maio de 2011
Eu tenho um coração
Despedaçado entre grãos
Que já voaram ou se lançaram
Sob toda a multidão
Eu tenho um coração
Que nem parece de verdade
Deixado à promiscuidade
Se enfraquece por vaidade
Eu tenho um coração
Que não bombeia o meu sangue
Apenas espera que se estanque
Esta minha sede de paixão
Eu tenho um coração
Divido entre mil grãos
Perdidos sob o ar
Que se espalhou à sociedade
Sem me deixar a emoção
De amar
Quem me dera o coração
Voltar ao meu controle
Dizer-me que sou livre
Para você encontrar
E pra sempre lhe mostrar
Que não há sequer um alguém
Mais forte que detém
O meu amor a se fechar
Por você e mais ninguém.
terça-feira, 10 de maio de 2011
Criação (Música)
Para iluminar o seu dever
Por um momento
Porém nunca será demais
Esse tempo
Por isso jamais
Se conforme em lamento
Pois a ideia virá
Com o vento
E iluminará todo o seu sofrimento
Em paz
A ideia, quem faz realmente
É o nosso pensamento inconsciente.
quinta-feira, 31 de março de 2011
Humanos Líquidos
O que faz a infância se tornar o principal momento de educação do ser humano é simplesmente a vasta ignorância. Quando sabemos pouco sobre algo sempre estaremos vulneráveis às primeiras ideias oferecidas sobre este algo. Isto é facilmente compreendido quando tomamos como exemplo um cabra do sertão ignorante do contexto urbano que acaba por se assemelhar a uma criança quando frequenta a capital, vulnerável a qualquer explicação simples do que ainda não sabe.
A obviedade desta conclusão se fará clara a medida que abrirmos nossos olhares para os ajustes que fazemos conosco quando acontecem determinadas ocasiões, capazes de moldar o nosso estilo de vida. Mas não se preocupe se pouco perceber tais mudanças, pois, como disse anteriormente, muitas vezes elas são inconscientes e, infelizmente ou não, temos controle apenas de nossos atos, mas não de nosso psiquê.
segunda-feira, 21 de março de 2011
A Nostalgia me fascina
Nostalgia é isso, e um pouco mais. Não é somente aquela boa ou má lembrança, mas também aquela memória vaga de uma peça de quebra-cabeça que lhe faltava. Li alguns textos e alguns falam sobre a sensação nostálgica ser perigosa. Para tal acredito que sim, quando medida sob experiências extremas, como uma perda grandiosa a qual ocasionou um chato sentimento de vazio. Porém, quando medida sob experiências mornas e interessantes, a nostalgia se torna construtiva, nos desenvolve e nos prepara para o que vier pela frente. Até porque, com quebras-cabeça montados podemos definir melhor o que somos, por que viemos e para onde vamos. Através da nostalgia trazemos fontes esquecidas para preencherem o vazio de nosso presente dúbio e completá-lo com informações deixadas em nosso inconsciente.
Memorizar é viver, pois vivemos pelas lembranças. Por mais difícil que possamos compreender, o futuro não existe. Há, em nossas vidas, somente o passado e o presente. O futuro se caracteriza apenas como um plano imaginário. Já o passado se traduz como um fato, uma situação concretizada, este sim é digno de conhecimento, pois como diz o ditado: o futuro a deus pertence (apesar de não acreditá-lo, e, talvez, por isso mesmo acreditar na expressão). E o ponto em que temos a chance de transformar nosso imaginário em concretização é justamente o presente.
Porém, ao contrário do que muitos pensam, o presente não é um espaço de tempo, e sim um ponto único, sem comprimento. Neste momento em que vou escrevendo as palavras, por exemplo, estou automaticamente levando o ponto do presente a criar uma linha de passado, e ela é contínua (como Cazuza diz: o tempo não pára). Da mesma forma, você que está lendo move o seu ponto presente criando uma linha de pretérito. A questão é que nosso cérebro é incapacitado para guardar sob o consciente toda a extensão desta linha concretizada do passado e, por isso, pega apenas "pedaços" da corda para implantá-lo em nossa consciência. O resto da corda fica embolado, dentro de nossa cabeça, apenas esperando o momento de ser finalmente resgatado para mumificar os nossos atos - e é aí que entra a nostalgia.
A nostalgia, portanto, é um ótimo meio psíquico que temos para laçar cordas esquecidas a fim de amarrar o atual consciente e poder puxar para si a verdade de nosso futuro. É assim que vamos completando o quebra-cabeça e, pouco a pouco, definindo uma imagem a qual nos dirá a resposta de nossa dúvida. Devemos sim pensar no futuro, planejá-lo. Contudo, para planejar o que vem pela frente é preciso compreender o que houve no passado. Antes da expiração sempre haverá a inspiração. E as melhores expirações vêm de um repertório bem inspirado.
O que vos digo, enfim, é base do processo criativo. É a explicação do porque os criativos são, em sua maioria, emotivos: justamente porque são aqueles que buscam inspiração para transformá-la em ideia. São quem busca perguntas antes mesmo de procurar respostas. São simplesmente nostálgicos, porque (uns nem sabem) transformam fios embolados, cheios de nós, em linhas - a partir de laços de memória unidos com os laços do presente. São quem carrega o fardo de lembrar do que não mais existe para dar luz a um novo mundo, seja de si próprio ou de todos outros. São, em sua maioria, diferentes da maioria, pois para eles os hábitos da massa são apenas consequências - o bolo da sociedade é feito de ingredientes, e eles são tais ingredientes. São quem move a humanidade a novas ideias, novos caminhos, novas ideologias.
E é por isso, meus amigos, que a nostalgia me fascina.
terça-feira, 15 de março de 2011
Dois Somos Um (Dois)
Vem ao seu leito entregar-se à paixão
Tal como uma esfera de luz se libera
Novamente ao seu corpo explodindo emoção
A leveza de um livre e límpido beijo
Mostra-se quente por dentro da gente
Quando conhecemos a nossa união
Verdadeira posse do fruto paixão
A certeza de um futuro não precisa ser lida
Pois conforme o destino seguiremos então
Livres em conjunto na fé de estar junto
Sem corda, só ritmo de prazer e gratidão
O apego é forte, mas não combate à posse
O melhor se faz com nossa asa aberta
Hoje lhe pego, lhe vejo e desejo
Um contínuo laço com paz em oferta
Não existe união baseada em diferença
Acaba adquirindo a indiferença incerta
Daí a tristeza corrói falsos sentimentos
Destrói todo o apego do relacionamento
Mas a relação que se faz à base do igual
Será ideal pelo fato da semelhança
Que nos calça de amor, liberdade e esperança
Justo por partilhamos boas lembranças
Sou muito feliz por lhe ter afinal
Igual como eu, só existe você
Que o nosso prazer seja imortal
Porque sempre me encanto ao lhe reconhecer
sexta-feira, 11 de março de 2011
Preste a Saber (Música)
Para entrar na luta
Como se houvesse fim
E o fim dissesse a mim
Que venci
Fecho os olhos pra esquecer
Se à minha frente está você
Quem diria sucumbir
Neste chão frio
Abro a mente pra entender
Se é a gente então pra quê
Dizer que estive aqui
À margem do rio
Preste a saber
Se a dúvida lhe envolver
Estou por si
Como está por mim
Preste a saber
Se a dúvida lhe faz crer
Já resolvi
Lhe explicar o porquê
Não estou aqui
Enquanto muitos olham para cima
Eu só olho pra você.
sexta-feira, 4 de março de 2011
Sangue Frio
Salgar a morte com desprezo
Enriquecendo sem perdão
Queria ter sangue frio
Para esquecer qualquer desejo
Não chorar com qualquer corte
Selar a dor pela razão
Queria ter sangue frio
Pra não arder o meu lamento
Ao simplório sentimento
de mágoa, pena ou solidão
Queria ter sangue frio
Pra congelar minha emoção
E concentrar-me no vazio
De uma história sem paixão
Queria ter sangue frio
Porque o quente me destrói
Me amargura de rancor
Me enfraquece de amor
Me despedaça o coração.
Não Permita
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Que Seja
O que for leal
Que seja verdade
O óbvio afinal
Que seja uma parte
Pra sempre
Que seja agora
Inocente
Que seja muito
Por tão pouco
Que seja a gente
Simplesmente
De novo.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Pra Quê Palavras?
As palavras nos limitam
São pobres ou muito curtas
São faces nunca desnudas
Da verdadeira expressão
Quando grande é o sentimento
O alfabeto é muito pouco
As frases viram um sufoco
Sem nos dar rumo ou direção
É aí que entra o olhar
O sorriso, o corpo quente
Para dizer que entre a gente
Há muito forte a emoção
Quando os olhos se encontram
E o brilho nos reflete
A verdade se esclarece
Sob a forma de paixão
Quando o sorriso se equipara
Tanto ao meu quanto ao seu
Sabe que se compreendeu
O firme elo desta união
Quando os corpos se encontram
Aquecem juntos frio de saudade
Não se desfazem da liberdade
Tampouco divergem a compaixão
Palavras são poucas demais
Nem sequer focam o meu sentido
Preciso lhe mostrar bem mais preciso
De fato o que sente meu coração
Por isso cruzo olhar contigo
Sorrio, lhe aqueço, lhe desejo
Pois quando grande é o sentimento
Nunca escute o que eu digo
Espere a voz que sai por dentro
Lhe dizer, em seu ouvido
O quanto doce é seu beijo
O quanto é bom cada momento
O quanto é forte a emoção
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Paixão Profissional
Sem que doa o meu refúgio
Do prazer de um sono amado
À delícia da ideia surgida
Significa que sou grato
Ao destino concedido
Pelo fruto já colhido
De um trabalho compensado
Já não fujo deste medo
De sofrer pelo ocorrido
Ao qual senti-me abatido
De perder um tanto cedo
Um futuro planejado
Já não choro sem sentido
Por fracasso surpreendido
Nem por estar pouco mais longe
Do meu destino ontem esculpido
Previamente desenhado
Agora sou mais que desejo
Larguei de mão meu iludido
Sou processo e satisfação
Por um enorme aprendizado
Perdi o infantil da esperança
Porém ganhei educação
De certa forma, o que era criança
Em mim tornou-se superação
Eu agradeço por ter errado
E condenado à perseverança
Pois sei que agora em mim avança
Um sentimento de ter lutado
E compreendido a relevância
Da coerência e da relação
Que agora unidas desde então
Criaram um perfil de liderança
Confirmando a base da minha paixão
De amar minha carreira, e muito obrigado
Mesmo que pese o resultado
Sei que eu já venci
Por ter um maior controle
De tudo que está por vir
Então me sinto relaxado
Mas nem um pouco desleixado
Se perdi músculo noites acordado
Ganhei neurônios eletrificados
Que servirão para dar a luz
A brainstorms mais apurados
E o novo destino eu já propus
Mas nem por isso esperarei sentado
Lutarei sempre para poder crescer
Tornar-me gigante pelo que me conduz
Tornar-me forte pelo carregado
Fazer da sorte somente um agrado
Abusar do corte como a cicatriz
De quem já teve com o que sofrer
Hoje aprendi,
Que só depende de mim,
Fazer acontecer
O que eu havia sonhado.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Acordado De Verdades
Percebo o vão tão agravante
De um sonho transparente
Vivo a fé do militante
Ou a crença do engenheiro
Num navio de cabo armeiro
Vivo a dor da alegria
Piso em mar na rodovia
Me encolho na estante
Não há lúcida utopia
Que me acenda a luz farsante
De uma vida sem veleiro
Que me leve ao consciente
Vivo à flor da meia idade
Mas não digo a muita gente
Meu sintoma da verdade
É o próprio inconsciente
E se luto ferozmente
À defesa do atacante
Fico sempre mais distante
Desta pobre realidade
Já que pronto eu estou
De acordar da minha mente
Dormirei daqui pra frente
Abrindo os olhos com vontade
Cegando à luz do mundo inteiro
Descrente da Sociedade
domingo, 7 de novembro de 2010
Mudar Um Desafio
Da possível pedra lisa
Que fará cair sob o vazio
O meu corpo
Se estou no alto sinto frio
Não percebo a delícia
De sentir que me surgiu
Da vida, um sopro
Por este árduo desafio
Espero são continuar de novo
A minha fé não padeceu
Mas mereceu mudar um pouco
O que me aflige é não estar só
E mesmo assim carecer abrigo
Só não quero criar um nó
Num laço tão bonito.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Duas e Meia do Amanhã
Muito fácil de entender
Que não me deixou dormir
Não sei bem se era sonho
Na verdade, quero dizer
Não sei nem se eu sorri
Ou a fantasia me fez crer
Que, no meu sonho, eu vivi
Tão mais feliz ao conhecer
Tão mais sincero ao me iludir
E acordei sobre o vazio
Não entendendo a amplidão
De tanto amor, por que sozinho
Me sinto agora ao meu colchão?
Já foi mais fácil viver a mim
Sem quem firmar elo união
Mas com esse sonho, redescobri
Que o meu desejo é um coração
Capaz de ouvir e me sentir
Sem intuito de me possuir
Mas possuindo minha paixão
Eu acordei e não entendi
Se sorri ou lacrimejei
Porque, de fato, eu mesmo sei
O quanto espero por ser feliz
Com um alguém que eu sempre quis
Mas nunca ao menos encontrei
Agora volto a dormir
Sem medo do que irei sonhar
Pois a emoção que me faz rir, também me faz chorar
E, não que chegue a incomodar,
Mas é tão chato esperar aqui
Por um coração capaz de ouvir, me possuir
Me apaixonar
domingo, 26 de setembro de 2010
Expresso Amigo
Atue às horas em que for feliz
Quando é difícil de agir
Pense naquilo que você sempre quis
Porque é mais fácil refutar
A própria vida quando ela não diz
Os caminhos que lhe fazem procurar
Por um atalho inexistente aqui
Se for mais fácil pra mudar
Prepare tudo antes de olhar as horas
Para não agir sem demora
Para entender o que o aflora
E saber crer no que lhe salva
De todo perigo que, lá fora
Parece doce mas lhe salga
Ou de tão vil já lhe devora
Sem tempo para reagir
Se perde o fruto da saudade
Esquece as mágoas que permutam
Entre a tristeza que lhe dão
E a certeza que lhe roubam
Se ganha o fruto da amizade
Floresce as mãos que lhe ajudam
Bem carregadas de paixão
Capaz de amarem a quem lhe encantam
Com muita dó e piedade.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Braço Amigo
Não pense nunca em esquecer
Todo o bem que já vivemos
Se for difícil entender
Basta ver
Que nós crescemos.
domingo, 19 de setembro de 2010
Flecha Sem Direção
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Cegueira
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Para Os que Têm.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Em Festa de Penetra não entra Convidado (Canção)
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Sono Lento
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Não é
Não é a dor que me disseca
Tampouco o ar que me renova
O que me muda ou me transforma
É a realidade da nova guia
Sou o mesmo de sempre, e não importa
Se há controvérsias do meu estilo
Sou um pouco aqui e um pouco ali
Eu me contorno a qualquer presença
Me faço igual ou diferente
Minha face é máscara de tanta gente
Mas mesmo assim não me comporto
Com o coração sou eu mesmo sempre
Para uns há luz, outros escuridão
Para poucos há raiva, outros paixão
Para muitos há névoa, outros viagens
Para todos há o mesmo, mesmo que pareça invenção
Não é a cor que me rotula
Tampouco a voz que me inova
O que me muda ou me transforma
São as amizades da minha vida
domingo, 30 de maio de 2010
O Desentendido
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Por Mais Sempre Haverá
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Num, somos Dois
segunda-feira, 19 de abril de 2010
A Brisa
domingo, 11 de abril de 2010
Não Deixe
Não deixe de seguir seu caminho
Rasgar livros mal escritos
Impedir os gritos do vizinho
Livrar-se do mal sozinho
Não deixe de sentir frio
De sentir o calor do vazio
De esvaziar as águas do rio
De viver por um fio
Não deixe de pensar
De plantar, deixar crescer
Reproduzir e morrer
Não deixe de amar
Não deixe de resolver
Seus piores medos, problemas
Ou deixe para depois resolver
Mas não esqueça-os debaixo da cama
Não perca por esperar
Um novo caminho a trilhar
Não deixe de andar
Enquanto se deixa levar
Pelo ar.
domingo, 4 de abril de 2010
Ando, Sigo
Não sei ao certo
Se há realmente
Uma vida na gente
Capaz de preencher o deserto
Estendo o complexo
Da razão ao desconexo
Do vago ao repleto
De um deserto incompleto
Não entendo o consciente
Me confunde, brinca comigo
Me desentende, finge de amigo
E depois some completamente
Estendo a minha mão para o ar
Em busca de algo encontrar
De algo aparecer
À minha personalidade
Enfrento o coração, tento acelerar
O ritmo do batimento
Só para evitar
Que ele pare em algum momento
Tento conhecer a verdade
De como sopra o vento
Da minha vida
Tento resgatar a saudade
Da minha memória esquecida
Tento dar a face desentendida
Ao prazer
Tento argumentar com uma cor desconhecida
O quanto estou cego pra ver
Apago as chamas do comodismo
E reacendo a fogueira do risco
Pois este estou pronto para correr
Me surpreender
Comigo.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Use o Cinto
quinta-feira, 11 de março de 2010
Deleite do Mesmo
quarta-feira, 10 de março de 2010
Semiologia
Formigas Gigantes
O Negócio
O Dia de Amanhã
Invasões Intergaláticas
quinta-feira, 4 de março de 2010
JR
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Toque Frio
sábado, 23 de janeiro de 2010
Desligamento
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Remi e Hzla
sábado, 5 de dezembro de 2009
Ao Longe de Mim
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Minhalice
domingo, 30 de agosto de 2009
O que seria?
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Ingratidão
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Quando lhe ataca a Emoção
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Sonho esquecido
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
SAL dade
Não têm preço, nem pudor
Para pagar, basta amar
Para vestir, fazer amor
Destes olhos incandescentes
Eu retiro-lhe uma lágrima
Cavando a saudade no interior
Desta relação tão diferente
Eu me apego ao colo quente
Tapando a mágoa no seu frescor
Nem mesmo estas janelas
Da alma pura
Têm o poder da cura
Desta saudade
São estes olhos
Da fruta pura
Que adoçam a amargura
Da oportunidade
Queria eu me conectar à distância
Para novamente sentir a fragância
Do seu perfume corporal
Do seu sabor
Queria ter pernas mais longas
Para correr por estradas
E novamente beijar
O meu amor
Queria voar sem nem ter asas
Para re-colorir o arco-íris
Que a saudade descoloriu
O fazendo incolor
Quem sabe a lembrança seja um caminho
Para que eu aguente sozinho
Toda esta dor
Talvez nem precise do seu carinho
Pelo menos enquanto me distancio
Por somente lembrar do repousar em seu ninho
Acalentado por sua beleza
Afogado por quem me apaixonou
Mesmo assim espero muito a sua chegada
Não suportarei, só, esta saudade
Quero ver de novo a sua verdade
Em seus olhos brilhantes
Quero abraçar de novo
Esta reciprocidade
E voltar como era antes
Diz pra mim
Que está perto
O seu colo aconchegante.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Introdução à Poesia Social
Fato é que mais da metade de nossos impostos pagos vão para grandes empresas e corporações e voltam para nós com mais taxas e mais impostos. Ou seja, pagamos para pagarmos de novo. Instituições que deviam ser beneficiadas com grande parte de nossos impostos têm suas verbas desviadas ou simplesmente mal administradas. Isto tudo é fruto de um paradoxo que gera a contradição de objetivos entre governo-mercado-população. Enquanto que serviços básicos humanos deviam ter o objetivo de educar (ensino), deslocar (transporte) e alimentar (cesta básica), eles estão sendo substituídos - na verdade JÁ foram substituídos - pelo objetivo mercadológico empresarial que se importa com somente o fluxo de capital.
Este é o preço que pagamos por tentarmos transformar o social em capital. Mas não digo que tudo deve ser desenvolvido socialmente. O capital é NECESSÁRIO (principalmente por sua concorrência) para a evolução da qualidade e teconologia de vários setores como engenharia e saúde. O ideal é que tudo se equilibre, que os objetivos capitais sejam base em instituições capitais (empresas de telecomunicações, aparelhos eletrônicos, saúde, móveis etc) e que os objetivos sociais sejam base em instituições de desenvolvimento social (ensino, transporte, alimentação e moradia).
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Vozes mudas
As verdades das mentiras
Sentindo à pele o vão das iras
Confortando-se ao sofá
Seria hipócrita o idealista
Que, de costas, proclama
E, de frente, reclama
Para a tela de um computador?
Seria ideal uma hipocrisia
Que, de costas, cria capital
E, de frente, declama um ideal
À posse da rosa vermelha incolor?
É triste acreditar no jornal
E seguir a voz de um genial
Somente copiar as cordas vocais
Destruir pensamentos originais
Ninguém dirá que há violência
Se vossa excelência emissora
Não proclamar com insistência
O carrasco da masmorra
Há preguiça em todos
Para ativar a voz escondida
Que já se faz de muda
Na paixão ferida
Da orelha surda
De tanto ouvir na vida
A mentira de notícias absurdas
E a verdade de notícias suspendidas
O povo grita da dor de ouvido
O povo grita da dor de ouvido
O povo grita
A dor de ouvido aumenta
A cada grito
Mas o povo grita
A dor aumenta
O povo grita
E nem ao menos tenta
Calar a boca
Desligar a tevê
Esperar conhecer
Para depois agir
E então planejar
Um objetivo a seguir
Sem precisar idealizar
Mas sim garantir
A mudança que irá
Fazer a dor sumir
E o ouvido sarar
Para poder SE ouvir.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
O Ano me Contou
O ano passa, mas cadê as glórias?
O ano passa, mas guerra não some
O ano passado me contou histórias...
O ano passado me contou
Que um simples crime comum
Pode se tornar a única notícia em todo o país
Triste jornalismo brasileiro infeliz.
O ano passado me contou
Que a prefeitura investe na propaganda
Muito mais do que na cultura e educação
Triste governo de imagem (sem) ação
O ano passado me contou
Que a esquerda ficou rouca ao entrar no poder
Porquê gritara muito antes de vencer
Triste paradoxo implícito na tevê.
E agora vem o ano novo
Cheio de esperança, paz e alegria
Não falta amor, prazer e harmonia
Mas falta realidade no meio desta euforia
Não se prenda em um apertado cinto
Não se deixe levar pelo que ouve
Pois o ouvido é SOMENTE um sentido
Não se esqueça que existem cinco
Que podem lhe explicar o que realmente houve
No jornalismo infelizmente extinto.
Seja sempre o próprio Deus
Não se ajoelhe e reze por desejos
Não espere por uma estrela cadente
Pois ela só brilha na sua mente.
Ande, não fique aí somente
Conquiste o sonho com seu suor
Enfrente a guerra com muito amor
Pois assim estará sorrindo para um ano melhor
O segredo do feliz ano novo
É calçar um novo sapato brilhante
E nunca deixar de lado
Aquele sapato velho sufocante
Mas sim consertá-lo e lustrá-lo novamente
Para que além do calçado novo
Você possa ter uma oportunidade diferente
De calçar novamente
Aquele sapato que sempre brilhou intensamente.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Estrela Cadente
Da estrela cadente
Que cai à lua nascente
Transformando meia-bocas em um sorriso transparente
Mas não há, realmente
Uma teoria concreta
Para explicar o porquê
A estrela apenas passa
Brilha, cai e some
Cria esperança à dor escassa
Mas não mata fome do prazer
De fato, não há como progredir
A esperança cria a escada do sucesso
Mas sem acreditar e confiar em si
Não tem como subir e sentir o progresso
Muitos tentam se iludir
Com uma sorte que promete chegar
Então uma estrela cadente vem surgir
Para, sem querer, a situação piorar
Ninguém tenta
Ninguém enfrenta
Só deixam-se levar
E aguardar a sorte
Ninguém pensa
Ninguém agüenta
Só querem se esquentar
No colo de alguém mais forte
Estrela cadente só brilha por beleza
Não há, de fato, um poder na natureza
Capaz de realizar sonhos de quem deseja
Sonhos só tornam-se realidades
Quando são alcançados com vontade
E refrescados pelo suor da intensidade
Deve-se continuar andando, seguindo seu caminho
Correr é andar mais passos sem pensar
Chega-se mais rápido, porém tende a tropeçar
E o tropeço vem para lhe deixar caído, sozinho
Ande, em passos largos e resistentes
Pois quem pára é indiferente
Às perspectivas ao seu redor
Ande, continue seguindo seu caminho sempre
Pois quem corre é inconsciente
Às estratégias de um pensar melhor
Ande, não fique aí somente
Conquiste o sonho com seu suor
Enfrente a guerra com muito amor
Pois assim estará sorrindo para uma vida melhor
Enquanto os outros continuam à espera
De uma estrela cadente chegar à terra
E sumir por brilhar menos intensamente
Do que a verdadeira Lua que nos guia à frente.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Febre do Apaixonado
Corpo relaxa e agita felizmente
Com euforia e emoção, eu sei
Que sou feliz novamente
Por ter alguém para chorar
E viver à frente da união
Para com o dedo poder secar
As lágrimas quentes da paixão
Renovado eu sinto-me inteiro
E sento-me à cama satisfeito
Por completo sei que estou perfeito
Por amor me deito livre no seu leito
Protejo-lhe com as minhas palavras
Acolho-lhe com meus abraços
Sinto-lhe desejar-me
Protege-me com sua alma
Acolhe-me com seus amassos
Sinto-me desejar-lhe